O design é uma das disciplinas mais importantes no contexto dos séculos XX e XXI devido à sua abrangência e abordagem estrutural. A sua metodologia de resolução de problemas integra domínios tão variados quanto a ética, a estética, a economia, a cultura, a sociologia e a engenharia, entre muitos outros.
É uma disciplina centrada no ser humano com um enorme potencial para criar soluções dirigidas a uma sociedade em rápida transformação, onde a flexibilidade e capacidade de adaptação são fundamentais.
A escala daquilo que estamos a desenhar hoje alterou-se de produtos para indústrias e sistemas económicos. O que se produz expandiu de um utilizador solitário para uma rede de pessoas intimamente ligadas e espalhadas pelo mundo.
O design é uma disciplina geradora de inovação, capaz de integrar as necessidades das pessoas e as possibilidades da tecnologia – tendo sempre em vista o sucesso económico e um impacto ambiental e social positivo.
É um processo profundamente humano, que explora competências que todos temos mas que foram esquecidas em detrimento de práticas mais convencionais de resolução de problemas.
Faz uso das nossas soft-skills, como a capacidade de intuição, de reconhecimento de padrões, de construção de ideias emocionalmente significativas e ao mesmo tempo funcionais, e de nos expressarmos e distinguirmos por meios que ultrapassam as palavras e os símbolos.
O design dedica-se também à comunicação e partilha de conhecimento e de informação, constituindo-se como um sistema que promove a inovação e o desenvolvimento económico sem excluir a cultura, a coesão social e a sustentabilidade ambiental.
Relativamente à protecção e actualização de universos frágeis como aqueles que estão ligados às áreas culturais e sociais, o design é a melhor ferramenta, uma vez que combina o que é desejável do ponto de vista humano com o que é tecnologicamente exequível e economicamente viável.